terça-feira, 17 de março de 2009

EDIFICAÇÃO PESSOAL

As Disposições do Nosso Coração para com a Palavra de Deus
TEXTO: ESDRAS 7.10

INTRODUÇÃO:

Esdras foi um grande líder de Israel e reformador do seu tempo que se dedicou ao ensino da palavra de Deus depois do cativeiro babilônico. Setenta anos de escravidão haviam se passado. Dias tormentosos e angustiantes sobrevieram sobre a nação por causa do seu afastamento da Palavra de Deus e de seus estatutos. Fome, opressão, desespero e morte tomaram conta daqueles que foram arrancados de suas famílias e lançados fora da sua terra. Mas, por intervenção divina o povo voltou á sua terra, depois de setenta anos de cativeiro. Os grilhões foram quebrados. O cativeiro acabou. A liberdade despontou como o sol no horizonte.

Porém, omo o povo deveria viver esse novo tempo? Quais seriam as bases sobre as quais a nova geração deveria erguer os seus valores? É no meio da crise que surge o grande líder Esdras. Dos escombros da desesperança ergueu-se essa coluna de encorajamento. No capítulo 7, versículo 10 do livro de Esdras Deus nos ensina sobre as disposições do coração de um líder comprometido com Deus e com o seu povo, e de um povo comprometido com o seu Deus:

Em primeiro lugar ele dispôs o coração para CONHECER a Palavra de Deus. Esdras era um estudioso das Escrituras. Ele examinava meticulosamente a Palavra de Deus. Ele mergulhava nas águas profundas das mais sublimes revelações emanadas do trono de Deus. Diz o texto que Esdras tinha disposto o coração para conhecer a Palavra de Deus.

Precisamos de líderes que conheçam a Palavra de Deus e o Deus da Palavra. Vivemos um tempo de grande apostasia, de surgimento de novidades estranhas às Escrituras, que têm encontrado guarida no coração de muitos crentes.

Em segundo lugar ele dispôs o coração para PRATICAR a Palavra de Deus. Esdras não era apenas um estudioso da Bíblia. Ele vivia o que pregava. Sua vida era coerente. Ele não era um teórico. Ele praticava o que transmitia ao povo. Sua vida era um exemplo e um paradigma para os seus ouvintes. Esdras dispôs o coração para viver e praticar a Palavra de Deus.
Vivemos hoje uma profunda crise moral em nossa nação. Há um abismo entre o que as pessoas falam e o que elas fazem. Essa mesma crise ética tem atingido a igreja. Há um hiato entre o que os crentes pregam e o que eles vivem. Há um divórcio entre a profissão de fé e a prática. Não basta conhecer, é preciso viver. Não basta ser intelectual, é preciso ser ético. Não basta conhecer a Bíblia, é preciso ser piedoso (levar Deus a sério).

Em terceiro lugar ele dispôs o coração para ENSINAR a Palavra de Deus. Esdras segue uma linha de coerência. Primeiro, ele estuda a Palavra. Depois, ele aplica essa Palavra á sua própria vida. Então, ele está apto para ensiná-la aos outros. Ele não retém a verdade de Deus apenas para si. Ele não sonega ao povo as insondáveis riquezas da Palavra de Deus. Do seu coração transborda a Palavra de Deus. Dos seus lábios jorram os mananciais do céu. Sua vida é um vaso útil, preparado para toda boa obra. Esdras dispôs o coração para ensinar a Palavra de Deus ao povo.
Precisamos de líderes que amem as Escrituras, que amem o povo de Deus e busquem ensinar com profundidade e fidelidade todo o conselho de Deus.

CONCLUSÃO:


Como vimos, Esdras dispôs o seu coração para conhecer, viver e ensinar a Palavra de Deus. E você meu amado irmão, qual tem sido as disposições do seu coração em relação à Palavra de Deus? Você tem buscado conhecer a Palavra de Deus e a sua vontade para a sua vida? Tem procurado viver, praticar as verdades da Palavra de Deus em sua vida? Ou sua vida tem sido uma mentira?
Você tem disposto o coração para ensinar a outros o que você conhece, o que vive e pratica da Palavra de Deus? Ou você não conhece e não pratica as verdades da Palavra de Deus? O bem-estar da sua vida depende da maneira como você se relaciona com a Palavra de Deus.
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Sexta-feira, 20 de Março de 2009
Os Perigos da Apatia Espiritual
Hebreus 5.11-14
Os cristãos aos quais foi escrita a Carta aos Hebreus, embora cristãos, tornaram-se gradativamente apáticos, lentos ( lerdos ) na compreensão e vivência do Evangelho (5.11). Esta situação de apatia levou-os em direção à decadência espiritual. Vejamos, através da análise do texto, as terríveis conseqüências e iminentes perigos da apatia espiritual:

Em primeiro lugar a apatia esiritual provoca desânimo na fé. Os crentes tornaram-se desanimados na fé – Hb 12.3, 12. Por isso o escritor sagrado os convida a olhar o exemplo dos heróis da fé, descrito no capítulo 11: Os heróis da fé creram – Hb 11.1,2. Os heróis da fé confiaram na Palavra do Senhor – Hb 11.29, pois sem fé não se pode agradar a Deus – Hb 11.6. A confiança em Deus traz grandes benefícios – Hb 10.35.


Em segundo lugar, a apatia espiritual leva o crente a deixar de congregar, de frequentar os cultos e reuniões de sua congregação. Era o que estava acontecendo com os crentes hebreus, eles estavam perdendo o costume de congregar, conforme Hb 10.25. Porém, ao contrário desta situação, a Igreja Primitiva se reunia todos os dias e contava com a presença de todos, conforme descrito em At 2.44-47. Diante disto, é importante lembrar que a bênção de Deus e a vida estão presentes na comunhão com o corpo de Cristo, o povo de Deus. Veja 1 Co 12.13 e Sl 133. Portanto, deixar de congregar é um péssimo sinal de saúde espiritual, o que pode ser visto em 1 Jo 2.18-24.
A apatia espiritual, além de levar o crente a um profundo desânimo na fé e a deixar de congregar, o conduz a um estado muito pior: leva-o facilmente à apostasia, ao afastamento definitivo de Deus e ao abandono da vida cristã. Conforme vemos no capítulo 10, versos 26 a 31, os crentes hebreus estavam prestes a abandonar definitivamente a fé em Cristo. Paulo adverte ao jovem pastor Timóteo sobre a apostasia dos últimos tempos – 1 Tm 4.1-2; 3.1-9. Porém, esta advertência é pertinente também a nós, os crentes de hoje, pois afastar-se da comunhão com Deus é muito perigoso! Veja o que Deus nos diz no Salmo 73.27.

Concluindo, quero lembrar-lhes o mau exemplo dos gálatas no passado – Gl 1.6. Pedro, em seu tempo, também registra que muitos abandonaram a fé em Cristo, por causa do pecado – 2 Pe 2.12-15. Porém, temos o belo exemplo do próprio apóstolo Pedro e dos discípulos mais íntimos de Jeus, que não abandonaram a Cristo e nem a fé, diante da multidão que O deixava, descontente com o sua mensagem desafiadora – Jo 6.66-69. Deixo ainda, como exercício final o texto de Paulo aos Efésios, capítulo 5, versos 14 a 21. Soli Deo Glória!!!!
Rev. Paulo Passos