terça-feira, 17 de março de 2009

EDIFICAÇÃO PESSOAL

As Disposições do Nosso Coração para com a Palavra de Deus
TEXTO: ESDRAS 7.10

INTRODUÇÃO:

Esdras foi um grande líder de Israel e reformador do seu tempo que se dedicou ao ensino da palavra de Deus depois do cativeiro babilônico. Setenta anos de escravidão haviam se passado. Dias tormentosos e angustiantes sobrevieram sobre a nação por causa do seu afastamento da Palavra de Deus e de seus estatutos. Fome, opressão, desespero e morte tomaram conta daqueles que foram arrancados de suas famílias e lançados fora da sua terra. Mas, por intervenção divina o povo voltou á sua terra, depois de setenta anos de cativeiro. Os grilhões foram quebrados. O cativeiro acabou. A liberdade despontou como o sol no horizonte.

Porém, omo o povo deveria viver esse novo tempo? Quais seriam as bases sobre as quais a nova geração deveria erguer os seus valores? É no meio da crise que surge o grande líder Esdras. Dos escombros da desesperança ergueu-se essa coluna de encorajamento. No capítulo 7, versículo 10 do livro de Esdras Deus nos ensina sobre as disposições do coração de um líder comprometido com Deus e com o seu povo, e de um povo comprometido com o seu Deus:

Em primeiro lugar ele dispôs o coração para CONHECER a Palavra de Deus. Esdras era um estudioso das Escrituras. Ele examinava meticulosamente a Palavra de Deus. Ele mergulhava nas águas profundas das mais sublimes revelações emanadas do trono de Deus. Diz o texto que Esdras tinha disposto o coração para conhecer a Palavra de Deus.

Precisamos de líderes que conheçam a Palavra de Deus e o Deus da Palavra. Vivemos um tempo de grande apostasia, de surgimento de novidades estranhas às Escrituras, que têm encontrado guarida no coração de muitos crentes.

Em segundo lugar ele dispôs o coração para PRATICAR a Palavra de Deus. Esdras não era apenas um estudioso da Bíblia. Ele vivia o que pregava. Sua vida era coerente. Ele não era um teórico. Ele praticava o que transmitia ao povo. Sua vida era um exemplo e um paradigma para os seus ouvintes. Esdras dispôs o coração para viver e praticar a Palavra de Deus.
Vivemos hoje uma profunda crise moral em nossa nação. Há um abismo entre o que as pessoas falam e o que elas fazem. Essa mesma crise ética tem atingido a igreja. Há um hiato entre o que os crentes pregam e o que eles vivem. Há um divórcio entre a profissão de fé e a prática. Não basta conhecer, é preciso viver. Não basta ser intelectual, é preciso ser ético. Não basta conhecer a Bíblia, é preciso ser piedoso (levar Deus a sério).

Em terceiro lugar ele dispôs o coração para ENSINAR a Palavra de Deus. Esdras segue uma linha de coerência. Primeiro, ele estuda a Palavra. Depois, ele aplica essa Palavra á sua própria vida. Então, ele está apto para ensiná-la aos outros. Ele não retém a verdade de Deus apenas para si. Ele não sonega ao povo as insondáveis riquezas da Palavra de Deus. Do seu coração transborda a Palavra de Deus. Dos seus lábios jorram os mananciais do céu. Sua vida é um vaso útil, preparado para toda boa obra. Esdras dispôs o coração para ensinar a Palavra de Deus ao povo.
Precisamos de líderes que amem as Escrituras, que amem o povo de Deus e busquem ensinar com profundidade e fidelidade todo o conselho de Deus.

CONCLUSÃO:


Como vimos, Esdras dispôs o seu coração para conhecer, viver e ensinar a Palavra de Deus. E você meu amado irmão, qual tem sido as disposições do seu coração em relação à Palavra de Deus? Você tem buscado conhecer a Palavra de Deus e a sua vontade para a sua vida? Tem procurado viver, praticar as verdades da Palavra de Deus em sua vida? Ou sua vida tem sido uma mentira?
Você tem disposto o coração para ensinar a outros o que você conhece, o que vive e pratica da Palavra de Deus? Ou você não conhece e não pratica as verdades da Palavra de Deus? O bem-estar da sua vida depende da maneira como você se relaciona com a Palavra de Deus.
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Sexta-feira, 20 de Março de 2009
Os Perigos da Apatia Espiritual
Hebreus 5.11-14
Os cristãos aos quais foi escrita a Carta aos Hebreus, embora cristãos, tornaram-se gradativamente apáticos, lentos ( lerdos ) na compreensão e vivência do Evangelho (5.11). Esta situação de apatia levou-os em direção à decadência espiritual. Vejamos, através da análise do texto, as terríveis conseqüências e iminentes perigos da apatia espiritual:

Em primeiro lugar a apatia esiritual provoca desânimo na fé. Os crentes tornaram-se desanimados na fé – Hb 12.3, 12. Por isso o escritor sagrado os convida a olhar o exemplo dos heróis da fé, descrito no capítulo 11: Os heróis da fé creram – Hb 11.1,2. Os heróis da fé confiaram na Palavra do Senhor – Hb 11.29, pois sem fé não se pode agradar a Deus – Hb 11.6. A confiança em Deus traz grandes benefícios – Hb 10.35.


Em segundo lugar, a apatia espiritual leva o crente a deixar de congregar, de frequentar os cultos e reuniões de sua congregação. Era o que estava acontecendo com os crentes hebreus, eles estavam perdendo o costume de congregar, conforme Hb 10.25. Porém, ao contrário desta situação, a Igreja Primitiva se reunia todos os dias e contava com a presença de todos, conforme descrito em At 2.44-47. Diante disto, é importante lembrar que a bênção de Deus e a vida estão presentes na comunhão com o corpo de Cristo, o povo de Deus. Veja 1 Co 12.13 e Sl 133. Portanto, deixar de congregar é um péssimo sinal de saúde espiritual, o que pode ser visto em 1 Jo 2.18-24.
A apatia espiritual, além de levar o crente a um profundo desânimo na fé e a deixar de congregar, o conduz a um estado muito pior: leva-o facilmente à apostasia, ao afastamento definitivo de Deus e ao abandono da vida cristã. Conforme vemos no capítulo 10, versos 26 a 31, os crentes hebreus estavam prestes a abandonar definitivamente a fé em Cristo. Paulo adverte ao jovem pastor Timóteo sobre a apostasia dos últimos tempos – 1 Tm 4.1-2; 3.1-9. Porém, esta advertência é pertinente também a nós, os crentes de hoje, pois afastar-se da comunhão com Deus é muito perigoso! Veja o que Deus nos diz no Salmo 73.27.

Concluindo, quero lembrar-lhes o mau exemplo dos gálatas no passado – Gl 1.6. Pedro, em seu tempo, também registra que muitos abandonaram a fé em Cristo, por causa do pecado – 2 Pe 2.12-15. Porém, temos o belo exemplo do próprio apóstolo Pedro e dos discípulos mais íntimos de Jeus, que não abandonaram a Cristo e nem a fé, diante da multidão que O deixava, descontente com o sua mensagem desafiadora – Jo 6.66-69. Deixo ainda, como exercício final o texto de Paulo aos Efésios, capítulo 5, versos 14 a 21. Soli Deo Glória!!!!
Rev. Paulo Passos


quarta-feira, 11 de março de 2009

EVANGELISMO: CONHECENDO A JESUS CRISTO E O SEU GRANDE AMOR POR VOCÊ

Um Convite Especial
Olá! Eu sou o Pr. Paulo Passos, pastor da Igreja Presbiteriana 305 Norte, em Palmas-TO, e quero fazer-lhe um convite muito especial: conhecer o mais facinante projeto de vida - Jesus Cristo, através das páginas da Escritura Sagrada, a Bíblia! Através deste blog, na sessão EVANGELISMO, estarei postando estudos bíblicos sobre a vida, pessoa e obra de Jesus Cristo, especialmente a salvação que Ele oferece gratuitamente a todo ser humano.
O projeto é simples: os estudos estarão postados semanalmente nesta sessão, e você pode acessá-los, copiá-los, estudá-los e respondê-los com calma, quando for o caso de um estudo indutivo (onde o estudante deve achar a resposta às perguntas do estudo através dos textos oferecidos), enviando em seguida suas respostas, comentários ou dúvidas através do e-mail: passospaulo33@gmail.com . Assim que o seu e-mail chegar eu o responderei imediatamente com a confirmação ou corrreção das respostas oferecidas por você. Desta forma você estará participando de um curso evangelístico oline, carinhosamente preparado para levá-lo a conhecer mais sobre Jesus Cristo, o Filho de Deus e o seu grande amor por você.
Seja bem-vindo e comece aproveitando os estudos já disponíveis nesta sessão! Venha! Embarque comigo nesta fantástica viagem rumo à ETERNIDADE. Te aguardo com grandes expectativas!
Pr. Paulo Passos
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Estudo Um
CONHEÇA O PLANO DE DEUS PARA A SUA SALVAÇÃO
INTRODUÇÃO


Por que o homem necessita mesmo de salvação? As razões são muitas. Vejamos:


1. Porque todos estão em pecado – (Rm 3.10)
Por natureza (Sl 51.5)
Por consentimento (Jo 3.19)
Por prática (Rm 3.23; Tg 4.17)

2. As conseqüências são reais – (Rm 6.23)

Os homens estão condenados (Jo 3.18)
Estão sob a ira de Deus ( Jo 3.36)
Estarão perdidos (II Ts 1.8,9)

3. O homem não pode salvar-se a si mesmo
Nem por obras (Jó 9.30,31; Ef 2.8,9; Rm 6.23b)
Nem por esforço próprio (Sl 49.7,8; Is 64.6)
Nem por tradição religiosa (Jo 8.33-36; I Pe 1.18; Cl 2.8)

4. Deus oferece salvação – (Lc 19.10)
Deus quer salvar (I Tm 2.4)
Jesus pode salvar (Hb 7.25)
Só Jesus é salvador (At 4.12)

5. Como ser salvo – (At 16.31)
Vir a Deus por intermédio de Jesus Cristo (Jo 14.6)
Arrepender-se e deixar os pecados (Is 55.7; Mt 3.2)
Crer de todo o coração (Jo 6.47; Rm 10.9)

6. Hoje é o tempo da salvação – (II Co 6.2)
Não se deve adiar a entrega a Cristo (Lc 12.20)
Há uma responsabilidade em recebermos ou não a salvação (Pv 29.1; Hb 2.2,3)
O amanhã é sempre incerto (Pv 27.1; Tg 4.14)
Todos devem saber (Rm 10.10)

Rev. Paulo Passos
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Estudo Dois
FAZENDO A ESCOLHA CERTA
“Saibam escolher o melhor...”
Filipenses 1.10 (LH)
Nem sempre podemos escolher as coisas. Mas sempre que pudermos, devemos escolher nada menos do que o melhor. “Saibam escolher o melhor” (Filipenses 1.10 LH), é o que sugere a Escritura. Jesus é o melhor dos melhores. Ele deve ser a nossa escolha precípua, nossa opção preferencial. Antes de tudo, Jesus. E, de fato, podemos resumir a vida entre duas escolhas: ou aceitar a Jesus, ou rejeitá-lo. “Quem nele crê não é julgado; o que não crê já está julgado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus” (João 3.18). Significa que o grande pecado da humanidade é a incredulidade. Não se discute mais se matar é mais grave do que roubar, ou adulterar mais acintoso do que mentir. Ou cremos em Cristo como nosso único e suficiente Salvador, ou não deixaremos a condição de irremediavelmente perdidos.

Vejamos porque Jesus é o melhor e porque escolhê-lo, é escolher o melhor:

Em primeiro lugrar, Ele é o melhor porque nos purifica de todo pecado com o seu sangue derramado na cruz do calvário (1 João 1.7).

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Em segundo lugar, Ele é o melhor não só porque nos purifica de todos os nossos pecados pelo precioso sangue que derramou na cruz do Calvário, mas porque pela sua vitória sobre a morte nos concedeu vida, vida eterna (Romanos 6.23), vida abundante (João 10.10). “Por isso, quem crê no Filho tem a vida eterna; o que, todavia, se mantém rebelde contra o Filho não verá a vida, mas sobre ele permanece a ira de Deus” (João 3.36).
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Em terceiro lugar, Jesus é o melhor por causa de sua pessoa divino-humana e por causa da obra que ele operou. Esta passagem resume todo o seu esplendor: “Ele nos libertou do poder da escuridão e nos trouxe em segurança para o Reino do seu Filho amado. É ele quem nos liberta, e é por meio dele que os nossos pecados são perdoados. Ele, o primeiro Filho, é a revelação visível do Deus invisível; ele é superior a todas as coisas criadas. Pois, por meio dele, Deus criou tudo, no céu e na terra, tanto o que se vê como o que não se vê, inclusive todos os poderes espirituais, as forças, os governos e as autoridades. Por meio dele e para ele, Deus criou todo o Universo. Antes de tudo, ele já existia, e, por estarem unidas com ele, todas as coisas são conservadas em ordem e harmonia. Ele é a cabeça do corpo, que é a Igreja, e é ele quem dá vida ao corpo. Ele é o primeiro Filho, que foi ressuscitado para que somente ele tivesse o primeiro lugar em tudo. Pois é pela própria vontade de Deus que o Filho tem em si mesmo a natureza completa de Deus. Portanto, por meio do Filho, Deus resolveu trazer o Universo de volta para si mesmo. Ele trouxe a paz por meio da morte do seu Filho na cruz e assim trouxe de volta para si mesmo todas as coisas, tanto na terra como no céu.” (Colossenses 1.13-20 LH).
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Em quarto lugar, Jesus é o melhor por sua primazia na ordem da Criação. “Tudo foi feito por intermédio dele e sem ele, nada do que foi feito, se fez” (João 1.3). A figura histórica de Jesus, em sua humilde e sofrida jornada, não apaga o esplendor da sua glória e o seu poder criativo exercido na construção do universo.
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Em quinto lugar, Jesus é melhor porque sendo o Verbo Eterno, Filho de Deus, a si mesmo se esvaziou (Filipenses 2.7) para cumprir o plano da salvação. Assim, ele tornou-se o primeiro na ordem da Redenção, também.
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Finalmente, Jesus é o melhor porque é o cabeça, ou seja, o primeiro, na Igreja. Nossas lideranças, nossas estruturas não detêm a primazia, a qual pertence a Jesus. Por isso, a Igreja é chamada de Corpo de Cristo, cuja cabeça é o próprio Senhor Jesus, a quem todos nós devemos nos submeter.
Concluindo...

Ele é a melhor escolha que alguém pode fazer. Nunca deixando de lembrar de que, antecipadamente, ele já nos tem escolhido (João 15.16).
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Os créditos desta mensagem são do Rev. Hernandes Dias Lopes
Ministro Presbiteriano
Rev. Paulo Passos

DEVOCIONAIS

Praticando a Confiança
“Em Deus, cuja palavra eu exalto, neste Deus ponho a minha confiança e nada temerei.”

Salmo 56.4


A plena confiança não surge de uma hora para outra. É gradativa. Vai crescendo aos poucos, vai preenchendo a distância ente Deus e o homem.
A prática da confiança se faz a partir da primeira resposta aos apelos de Deus e às promessas da sua Palavra. Ela precisa crescer ao ponto de aprender a esperar contra a esperança, isto é, a ter fé e esperança mesmo quando não há o menor motivo para crer, como aconteceu com Abraão. Este é o clímax da confiança.
Retirado de "Práticas Devocionais" - Ed. Ultimato
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Sexta-feira, 20 de Março
Praticando a leitura da Bíblia
"Quanto amo a tua lei! É a minha meditação, todo o dia!"
Salmo 119.97
A Bíblia é a Palavra de Deus. Isto quer dizer que ela encerra a auto-revelação de Deus e expressa toda a vontade de Deus em matéria de fé e conduta - pelo menos tudo o que Deus achou por bem revelar-nos. Sinifica que não estamos desesperadamente em estado de absoluta desinformação quanto a Deus, quanto à vida e quanto à eternidade. Temos, em nossa própria língua, um livro que revela todo o programa de Deus, uma espécie de enciclopédia que expõe toda sorte de informação teológica necessária, um manual de avaliação que mostra a diferença entre o certo e o errado. Que tal começar a praticar a sua leitura hoje, para ser abençoado o quanto antes?
Retirado e adaptado de "Práticas Devocionais"- Ed. Ultimato
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Segunda-feira, 23 de Março de 2009
Praticando uma Vida de Oração
"A oração é a mais alta atividade da qual o espírito humano é capaz."
E.A. Judce
Texto para leitura
Matteus 6.5-8
A oração parece uma decantada loucura. Como pode o homem comunicar-se com o próprio Deus em qualquer tempo, em qualquer lugar e em qualquer situação, se este é o Senhor de todo o Universo e aquele, um miserável habitante de um pequeno planeta? Como pode Deus ouvir as orações diárias que pelo menos os quase 2 bilhões de cristãos lhe dirigem?
Os críticos dizem que a oração é válida porque é emocionalmente saudável para quem ora. No entanto, aqueles que oram corretamente estão convencidos de que sua oração chega de fato até Deus e ainda perguntam com uma pequena dose de malícia: "O que fez o ouvido, acaso não ouvirá?" (Salmo 94.9.)
Tenha uma ótima semana de oração confiante a Deus!
Rev. Paulo Passos
Extraído e adaptado de "Práticas Devocionais" - Ed. Ultimato
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Quinta-feira, 26 de Março de 2009
Praticando a Confissão
"Feliz aquele cujas maldades Deus perdoa e cujos pecados ele apaga!"
Salmo 32.1
Texto Básico
Salmo 51
Na caminhada cristã, todos tropeçamos e nos sujamos de novo com o pecado. Como voltar ao prumo? Como retomar o caminho de santidade proposto por Deus?
A confissão verdadeira remove a crise provocada pelo pecado e restaura a comunhão perdida ou arranhada. A comprovação de sua eficácia depende mais da fé do que de sentimentos. Por meio da contínua confissão de qualquer transgressão e de qualquer omissão é perfeitamente possível manter a higiene da alma. Aproveite o dia de hoje para praticar a verdadeira confissão e traga alívio para a sua alma!
Em Cristo, Rev. Paulo Passos
Extraído e Adaptado de "Práticas Devocionais" - Ed. Ultimato
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Terça-feira, 31 de Março de 2009
Praticando o Poder Espiritual
"Uma vez falou Deus, duas vezes ouvi isto: Que o poder pertence a Deus."
Salmo 62.11
Texto Básico: 2 Coríntios 12.7-10
Existe poder aquisitivo, poder político, poder jovem, poder mental, poder internacional. Existe também o poder espiritual, que difere substancialmente de qualquer outro tipo de poder. Reúne uma porção enorme de valores relacionados com a vida em estreita e permanente comunhão com Deus, como aptidão, autoridade, ficácia, entusiasmo, força, influência, meios, possibilidades, recursos e vigor.
No sentido profano, o poder pode vir da posição social, das vantagens pessoais, da capacidade, do dinheiro, da propaganda, da política, do voto, da força, do suborno. No sentido cristão, a orígem do poder é totalmente diversa e tem propósitos também diversos. Veja a experiência do apóstolo Paulo em 2 Coríntios 12.7-10 e responda: a) de que depende o poder espiritual e, b) com que objetivo ele nos é dado?
Em última análise, mesmo que às vezes pareça o contrário, o poder que nos é conferido, e do qual devemos fazer bom uso, pertence tão somente a Deus! A Ele pois, o Poder, a Honra e a Glória!
Rev. Paulo Passos
Extraído e adaptado de "Práticas Devocionais" - Ed. Ultimato

ASSUNTOS GERAIS

O DIA DO SENHOR
Sua Compreensão e Guarda

Textos: Gn 2.1-3; Êx 20.8-11

INTRODUÇÃO: A Bíblia ensina que desde o princípio Deus determinou um Dia de Descanso para que, nesse dia, o homem descanse de todos os seus afazeres seculares e se dedique inteiramente a Ele, prestando-lhe culto. Embora não haja um dia mais santo do que outro, e o culto deve ser oferecido a Deus em qualquer lugar e em todos os dias, o ensino bíblico é que Deus, desde o princípio, determinou um dia para descanso e culto a Ele, a saber, o sétimo dia ( Êx 20.9,10 ).O Dia de Descanso é santificado ao Senhor. Nesse dia todos devem estar livres para descansar e dedicar-se, sem impedimentos, a Deus. Vejamos, o que nos dizem a Palavra de Deus, os Símbolos de Fé e a Constituição da Igreja Presbiteriana do Brasil (CI/IPB) a respeito desse dia, do culto e sua essência.

I) O QUE DETERMINA OS SÍMBOLOS DE FÉ DA IPB SOBRE O DIA DO SENHOR:

1. Na Confissão de Fé – Cap. XXI – DO CULTO RELIGIOSO E DO DOMINGO:

Ø VII.Como é lei da natureza que, em geral, uma devida proporção do tempo seja destinada ao culto de Deus, assim também em sua Palavra, por um preceito positivo, moral e perpétuo, preceito que obriga todos os homens em todos os séculos, Deus designou particularmente um dia em sete para ser um sábado (descanso) santificado por Ele; desde o princípio do mundo, até a ressurreição de Cristo, esse dia foi o último da semana (Êx 20.8-11; Gn 2.1-3; Êx 31.12-18; Is 56.2-7; Lc 23.56); e desde a ressurreição de Cristo foi mudado para o primeiro dia da semana, dia que na Escritura é chamado Domingo, ou dia do Senhor, e que há de continuar até o fim do mundo como o sábado cristão( Mt 12.1-13; Lc 24.1-6; Jo 20. 19-22; At. 20.7; I Co 16.1,2).

Ø VIII. Este sábado é santificado ao Senhor quando os homens, tendo devidamente preparado seus corações e de antemão ordenado os seus negócios ordinários, não só guardam, durante todo o dia, um santo descanso das suas próprias obras, palavras e pensamentos a respeito dos seus empregos seculares e das suas recreações, mas também ocupam todo o tempo em exercícios públicos e particulares de culto e nos deveres de necessidade e misericórdia (Êx 20.9-11; 16.23-26, 29, 30, e 31.15-16; Is 58.13-14; I Co 16.1-4).

2. No Catecismo Maior – SOBRE O QUARTO MANDAMENTO:

Ø P. 115. Qual é o quarto mandamento? R. O quarto mandamento é: “Lembra-te de santificar o dia de sábado(descanso). Trabalharás seis dias e farás neles tudo o que tens para fazer. O sétimo dia, porém, é o sábado do Senhor teu Deus. Não farás nesse dia obra alguma, nem tu, nem teu filho, nem tua fi- lha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o peregrino que viver das tuas portas para dentro. Porque o Senhor fez em seis dias o céu, a terra, e o mar, e tudo o que neles há, e descansou ao sétimo dia; por isso o Senhor abençoou o dia sétimo e o santificou.”(Êx 20.8-11).

Ø P. 116. Que se exige no quarto mandamento? R.O quarto mandamento exige de todos os homens o santificar ou o guadar santos para Deus todos os tempos especificados que Deus designou em sua Palavra, expressamente um dia inteiro em cada sete; que era o sétimo desde o princípio do mundo até à ressurreição de Cristo, e o primeiro dia da semana desde então até ao dia de hoje, e há de assim continuar até ao fim do mundo; o qual é o sábado cristão, e no Novo Testamento é chamado o dia do Senhor (Domingo). (Gn 2.3; I Co 16.2; At 20.7; Jo 20.19,26; Ap 1.10).

Ø P. 117. Como há de ser santificado o Sábado ou Dia do Senhor? R. O Sábado, ou Dia do Senhor, há de ser santificado por um santo descanso por todo aquele dia, não somente de tudo quanto é sem- pre pecaminoso, mas até de todas as ocupações e recreios seculares que são permitidos em outros dias: e em fazê-lo o nosso deleite, passando todo o tempo (exceto aquela parte que se deve empregar em obras de necessidade e misericórdia ) nos exercícios públicos e particulares do culto de Deus. Para este fim havemos de preparar os nossos corações e com toda a previsão, diligência e moderação dispor e convenientemente arranjar os nossos negócios seculares, para que sejamos mais livres, e mais prontos para os deveres desse dia. (Êx 20.8,10; 16.22-30; Jr 17.21-22; Mt 12.1-8; Lv 23.3; Is 58.13,14;Lc 4.16; At 20.7; Lc 23.54-56; Ne 13.19 ).

Ø P. 118. Por que é o mandamento de guardar o Dia do Senhor (Domingo) mais especialmente dirigido aos chefes de família e outros superiores? R. O mandamento de guardar o Dia do Senhor (Domingo) é mais especialmente dirigido aos chefes de família e outros superiores, porque estes são obrigados não somente a guardá-lo por si mesmos, mas a fazer que seja observado por todos os que estão sob o seu cuidado; e porque são às vezes propensos a impedi-las por trabalhos seus. (Êx 23.12).

Ø P. 119. Quais são os pecados proibidos no quarto mandamento? R. Os pecados proibidos no quarto mandamento são – toda omissão dos deveres exigidos, todo o cumprimento descuidoso, negligente e sem proveito, e o ficar cansado deles; toda a profanação do dia por ociosidade e por fazer aquilo que é em si pecaminoso: e por todas as obras, palavras e pensamentos desnecessários, tocantes às nossas ocupações e recreios seculares. (Ez 22.26; Am 8.4-5; Ez 23.38; Jr 17.27).

Ø P. 120. Quais são as razões anexas ao quarto mandamento para lhe dar maior força? R. As razões anexas ao quarto mandamento para lhe dar maior força são tiradas da equidade dele, concedendo-nos Deus seis dias de cada sete para os nossos trabalhos e reservando um só para si, nestas palavras: “Seis dias trabalharás e farás tudo o que tens para fazer”; de Deus reclamar uma propriedade especial nesse dia: “O sétimo dia é o sábado do Senhor teu Deus”; do exemplo de Deus, que “em seis dias fez o céu e a terra, o mar e tudo o que neles há, e descansou no dia sétimo”; e da bênção que Deus conferiu a esse dia, não somente santificando-o para ser um dia para o seu serviço, mas também determinando-o para ser um meio de bênção para nós em santificá-lo, “portanto o Senhor abençoou o dia de sábado e o santificou”. ( Êx 20.9-11).

Ø P. 121.Por que se acha a palavra “lembra-te” colocada no princípio do quarto mandamento? R. A palavra “lembra-te” acha-se colocada no princípio do quarto mandamento, em parte pelo grande benefício que há em nos lembrarmos dele, sendo nós assim ajudados na nossa preparação para guardá-lo; e porque em o guardar somos ajudados a guardar melhor todos os mais mandamentos, e a continuar uma grata recordação dos dois grandes benefícios da criação e da redenção, que contêm em si um breve compêndio da religião; e em parte porque somos propensos a esquecer-nos deste mandamento visto haver menos luz da natureza para ele e restringir a nossa liberdade natural quanto a coisas permitidas em outros dias; porque este dia vem somente uma vez em cada sete, e muitos negócios seculares intervêm e muitas vezes nos impedem de pensar nesse dia, seja para nos prepararmos, seja para o santificar; e porque Satanás, com os seus instrumentos, se esforça para apagar a glória e até a memória desse dia, para introduzir a irreligião e a impiedade; e as Sagradas Escrituras.

II) O QUE PRECEITUA A CI/IPB - PRINCÍPIOS DE LITURGIA - CAP. I – O DIA DO SENHOR:

Ø Art. 1º - É dever de todos os homens lembrar-se do dia do Senhor (Domingo) e preparar-se com antecedência para guardá-lo. Todos os negócios temporais devem ser postos de parte e ordenados de tal sorte que não os impeçam de santificar o Domingo pelo modo requerido nas Sagradas Escrituras.

Ø Art. 2º - Deve-se consagrar esse dia inteiramente ao Senhor, empregando-o em exercícios espirituais, públicos e particulares. É necessário, portanto, que haja, em todo esse dia, santo repouso de todos os trabalhos que não sejam de absoluta necessidade, abstenção de todas as recreações e outras coisas que, lícitas em outros dias, são impróprias do dia do Senhor.

Ø Art. 3º - Os crentes, como indivíduos ou famílias, devem ordenar de tal sorte seus negócios ou trabalhos que não sejam impedidos de santificar convenientemente o Domingo e tomar parte no culto público.

Ø Art. 4º - Conselhos e Pastores devem mostrar-se atentos e zelar cuidadosamente para que o Dia do Senhor seja santificado pelo indivíduo, pela família e pela comunidade.

CONCLUSÃO: Como vimos nesta exposição, o Dia de Descanso ou Dia do Senhor é uma dádiva de Deus aos homens, para que nesse dia seja observado um santo repouso de todas as atividades seculares e particulares e seja ele dedicado exclusivamente ao Senhor para exercícios espirituais e culto ao Senhor. A observância correta do Dia do Senhor produz descanso físico e mental tão necessários ao homem, depois de uma semana árdua de trabalho, traz bênçãos materiais e espirituais e glorifica ao Senhor. Porém, deve ser observado sem legalismo e sem abuso da liberdade, pois tudo que o crente faz deve ser para a glória de Deus. A Ele, pois, seja toda honra e toda glória, pelos séculos dos séculos! Amém.

Rev. Paulo T. G. Passos